Você. Sou eu.
A verdade é simples, que bate nos nossos cabelos feito o vento e despenteia nossas ideias enquanto nos vemos paranóicos.
E é assim que eu me sinto.
Quando estou nos lugares. Quando olho para os lados. Freneticamente. Freneticamente. Você vai estar lá, você vai estar lá, por que você não está lá?
E é assim que eu me sinto.
Quando tento distinguir o rosto das pessoas com a distância me impedindo, quando reparo em todo mundo para ver se não o deixei passar batido. Eu o procuro em todos os lugares.
E é assim que eu me sinto.
Eu o procuro em todos os rostos. Chego a vê-lo, sim, chego a vê-lo. Não era este aqui, não era aquele ali. Não. Em vão.
E é assim que eu me sinto.
Como aquela que procura se agarrar na esperança por entre as portas do metrô.
E é assim que eu me sinto.
Sinto uma saudade gigante que já o vê em todos os rostos, que já o sente em todos os lugares. Que não está aonde procuro. Está em mim.
E é assim que eu me sinto.
Você. Sou eu.
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