quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sei lá

Já nem ligo mais para o mundo em que pintei e se encontra desbotado. Para as linhas do horizonte em que rabisquei e com o tempo viraram apenas rascunho.

Para os vitrais coloridos descascados pela chuva. Para o sol secando a terra das flores em que plantei. Já não se encontra mais nada meu por entre essas linhas. E a vontade de escrever senão me basta, me deprime.

O mundo é estritamente impessoal. Em que, não importa quantos ais você some aos seus dias, você terá simplesmente que somar mais meia dúzia deles constantemente.

Já não me importaria mais de falar todos os dias em vão. Em caminhar sozinho por entre a neblina, descer os vales, subir as colinas de manhã no frio. A grama é sempre contínua, não é mesmo? Ela sempre será verde.

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