quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Carta aberta

Faz muito tempo que não escrevo,
que não me pergunto em português
o que estou fazendo realmente com a minha vida.
Parece fácil para as pessoas aceitarem e estabelecerem conclusões
a respeito de suas próprias vidas e emoções
Para mim nunca foi tão fácil.
Sabe, às vezes eu só queria escrever uma grande carta aberta
a mim mesma e dizer que está tudo bem.
Está tudo bem não ter claro nada na frente
e mesmo assim seguir caminhando.
Está tudo bem escolher um caminho difícil
e longe de todos que conhece
simplesmente para se entender como pessoa e
com o que fazer com a vida.
Se as pessoas me fazem as perguntas mais simples
hoje eu não saberia dar nenhuma resposta
Tampouco acredito que estou fazendo algo errado.
Eu acredito em fluir e seguir a dança que se forma
Eu acredito que algo maior me rege de tal maneira
que não tenho noção nenhuma do que estou fazendo.
Sinto que o peso da vida chegou de uma
Veio como uma pedrada na cabeça
e mudou a minha vida demasiado em menos de um ano.
Sinto que é difícil me fazer entender e ser creível
com as pessoas que me cercam.
Vejo que ainda não aprendi de fato a confiar nas pessoas o suficiente
Sinto que ainda há várias lacunas entre a vida que levo e que quero levar
Mas tudo isso num processo mais emocional que físico.
Um emaranhado de coisas que acontece de uma só vez
Pulei uma casa no jogo e parecem que já se foram cinco anos.
Meu coração permanece puro, que isso sirva de perdão.
 
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